O uso de apenas um capacete por várias pessoas ao longo do dia pode facilitar a transmissão de doenças infecciosas causadas por bactérias ou vírus, além da infestação de alguns parasitas, como piolhos. Dentre as infecções mais comuns estão micoses e foliculites, embora outros problemas mais graves possam ser desencadeados, a exemplo de uma forte epidemia de gripe, até mesmo do tipo A - H1N1, conhecida como gripe suína, já que o vírus consegue sobreviver em algumas superfícies por um tempo determinado. “Tempo esse que embora pequeno, pode ser suficiente para o contágio, ainda mais no caso de uma pessoa tirar um capacete e outra, em questão de segundos, passar a usar o mesmo objeto”, comentou o médico dermatologista Emérson Costa, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia/SE, professor da Universidade Federal de Sergipe e responsável pelo setor de Dermatologia da UFS.
Segundo ele, essa questão higiênica não é algo suficiente para vetar a regulamentação da profissão, embora seja um assunto sério e que deva ser levado em consideração. “Este é um ponto que tem de ser visualizado antes da regulamentação, pois trata-se de uma questão que envolve a saúde pública. Uma das saídas para esse problema do uso comum do capacete seria a utilização de uma toca descartável, por parte do cliente, sob o capacete. Certamente isso já diminuiria a transmissão de certas doenças infecciosas do couro cabeludo”, explicou o médico Emérson Costa, frisando que todos os problemas de saúde elencados anteriormente também ocorrem dentro dos ônibus do transporte coletivo. Portanto, de uma maneira geral, os meios de transportes públicos deveriam, segundo o dermatologista, terem uma maior higienização.
Para o proprietário de uma loja de motocicletas e de acessórios ligados a este tipo de veículo, capacete é algo que deve ser usado individualmente, sendo considerado como um acessório íntimo, comparando-o a uma lingerie. “Por acaso as pessoas compartilham suas peças íntimas?
Compartilham calcinhas? Não! Então, o capacete é algo que também não pode ser usado dessa maneira. Aqui na minha loja, se alguém compra um item desse e depois volta querendo trocar eu não o faço, justamente por seguir essa linha de raciocínio. Por isso, classifico como anti-higiênico a maneira como os mototaxistas utilizam esse objeto”, declarou o empresário que preferiu não se identificar. Assim como o dermatologista, ele aponta como uma possível saída para essa questão o uso da toca descartável.
Além do quesito higiene, o empresário do setor levanta outro problema, o do capacete não ser uma peça que exista em tamanho único, ou seja, que sirva em todas as cabeças. Ele explicou que os tamanhos variam entre 54 e 64, e que o ideal é que o capacete fique ajustado na cabeça do usuário. “Tem que estar muito bem afivelado, porque na hora que houver o impacto ele será o primeiro a sair do corpo, e, portanto, não cumprirá sua função, que é a e proteger. Em contrapartida, se uma pessoa tem que usar capacete 54 e coloca um tamanho 64 na cabeça, quando do impacto também vai gerar problema, porque a cabeça não pode ficar solta dentro dele. As pessoas não enxergam o capacete como um item essencial, mas como um enfeite, por isso, não leva em consideração as questões de segurança”, falou o empresário.
Ele fez questão de explicar que não é contra a legalização da profissão, mas a favor de que isso aconteça cercado de todos os cuidados possíveis, pois, segundo ele, o mototáxi só existe por conta da necessidade de mais um serviço público de transporte e, principalmente, da oportunidade de emprego.
Segundo ele, essa questão higiênica não é algo suficiente para vetar a regulamentação da profissão, embora seja um assunto sério e que deva ser levado em consideração. “Este é um ponto que tem de ser visualizado antes da regulamentação, pois trata-se de uma questão que envolve a saúde pública. Uma das saídas para esse problema do uso comum do capacete seria a utilização de uma toca descartável, por parte do cliente, sob o capacete. Certamente isso já diminuiria a transmissão de certas doenças infecciosas do couro cabeludo”, explicou o médico Emérson Costa, frisando que todos os problemas de saúde elencados anteriormente também ocorrem dentro dos ônibus do transporte coletivo. Portanto, de uma maneira geral, os meios de transportes públicos deveriam, segundo o dermatologista, terem uma maior higienização.
Para o proprietário de uma loja de motocicletas e de acessórios ligados a este tipo de veículo, capacete é algo que deve ser usado individualmente, sendo considerado como um acessório íntimo, comparando-o a uma lingerie. “Por acaso as pessoas compartilham suas peças íntimas?
Compartilham calcinhas? Não! Então, o capacete é algo que também não pode ser usado dessa maneira. Aqui na minha loja, se alguém compra um item desse e depois volta querendo trocar eu não o faço, justamente por seguir essa linha de raciocínio. Por isso, classifico como anti-higiênico a maneira como os mototaxistas utilizam esse objeto”, declarou o empresário que preferiu não se identificar. Assim como o dermatologista, ele aponta como uma possível saída para essa questão o uso da toca descartável.
Além do quesito higiene, o empresário do setor levanta outro problema, o do capacete não ser uma peça que exista em tamanho único, ou seja, que sirva em todas as cabeças. Ele explicou que os tamanhos variam entre 54 e 64, e que o ideal é que o capacete fique ajustado na cabeça do usuário. “Tem que estar muito bem afivelado, porque na hora que houver o impacto ele será o primeiro a sair do corpo, e, portanto, não cumprirá sua função, que é a e proteger. Em contrapartida, se uma pessoa tem que usar capacete 54 e coloca um tamanho 64 na cabeça, quando do impacto também vai gerar problema, porque a cabeça não pode ficar solta dentro dele. As pessoas não enxergam o capacete como um item essencial, mas como um enfeite, por isso, não leva em consideração as questões de segurança”, falou o empresário.
Ele fez questão de explicar que não é contra a legalização da profissão, mas a favor de que isso aconteça cercado de todos os cuidados possíveis, pois, segundo ele, o mototáxi só existe por conta da necessidade de mais um serviço público de transporte e, principalmente, da oportunidade de emprego.