Agricultores e criadores de gado de Lagarto estão acusando a indústria de vinagres Maratá, localizada no mesmo município, de poluir o riacho Angola da Cachorra. Segundo eles, a fábrica está despejando o vinhoto de forma ilegal no riacho, o que está causando a morte de dezenas de animais que matam a sede no local. Fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) foram à região na manhã de ontem para colher amostras do riacho e apurar a denúncia. O laudo dos exames deve ser divulgado na próxima sexta-feira.
“Uma fazenda vizinha chegou a perder sete cabeças de gado de uma só vez, envenenados pela água contaminada”, disse o proprietário da fazenda Cristina, Jocivaldo Fontes Alves, ao ressaltar que recentemente ele perdeu três vacas que beberam da mesma água. “Meu vaqueiro levou três vacas para beber água do riacho, acompanhadas de seus bezerros. Em poucos minutos elas começaram a cambalear e em seguida morreram. Os bezerros também beberam, mas foi em quantidade menor e não morreram. Só que estão debilitados e sob cuidados dos veterinários”, contou o fazendeiro. Agricultores da região informaram ainda que frequentemente centenas de piabas são encontradas mortas no leito do rio Piauí, onde o riacho deságua.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Márcio Macedo, as amostras estão sendo colhidas tanto no riacho Angola da Cachorra quanto nos afluentes e os exames serão realizados na Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). “Também vamos contratar o pessoal do Instituto de Tecnologia e Pesquisa de Sergipe (ITPS). E, se for constatada a denúncia, vamos fazer o que a lei manda, ou seja, autuar e punir os responsáveis e se for o caso embargar a empresa”, informou, deixando claro que sem os resultados dos exames ainda não há condições de afirmar quem são os verdadeiros responsáveis pela poluição do riacho.
“Não temos como dizer que foi a fábrica ou que não foi ela. Nosso papel depende do resultado do laudo”, declarou. Márcio Macedo elogiou a iniciativa dos agricultores e fazendeiros de denunciarem o caso. “O instrumento da denúncia é importante porque não somos onipresentes.
São atitudes que ajudam bastante nosso trabalho. Através disso montamos nossas estratégias de ação”, concluiu. O responsável pela fábrica de vinagres da Maratá, em Lagarto, conversou com a reportagem do JC por telefone, mas não quis ser identificado.
Ele nega as acusações e disse ainda que todo o resíduo produzido pela fábrica só é despejado no riacho Angola da Cachorra depois de tratado. “Temos licença ambiental para atuar na região e, além disso, a Adema faz uma fiscalização aqui toda semana”, afirmou, levantando a hipótese de o problema estar sendo gerado pela prefeitura do município, “que despeja o esgoto no riacho sem fazer tratamento”, acusou. A fábrica de vinagres da Maratá atua no Distrito Industrial de Lagarto há cerca de nove anos.
Vinhoto
O vinhoto, também conhecido como vinhaça ou restilo, é um resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a obtenção do etanol (álcool etílico), usado para a produção de vinagre. Para cada litro de álcool produzido, 12 litros de vinhoto são deixados como resíduo. Quando jogado no rio, constitui uma séria fonte de poluição.
“Uma fazenda vizinha chegou a perder sete cabeças de gado de uma só vez, envenenados pela água contaminada”, disse o proprietário da fazenda Cristina, Jocivaldo Fontes Alves, ao ressaltar que recentemente ele perdeu três vacas que beberam da mesma água. “Meu vaqueiro levou três vacas para beber água do riacho, acompanhadas de seus bezerros. Em poucos minutos elas começaram a cambalear e em seguida morreram. Os bezerros também beberam, mas foi em quantidade menor e não morreram. Só que estão debilitados e sob cuidados dos veterinários”, contou o fazendeiro. Agricultores da região informaram ainda que frequentemente centenas de piabas são encontradas mortas no leito do rio Piauí, onde o riacho deságua.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Márcio Macedo, as amostras estão sendo colhidas tanto no riacho Angola da Cachorra quanto nos afluentes e os exames serão realizados na Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). “Também vamos contratar o pessoal do Instituto de Tecnologia e Pesquisa de Sergipe (ITPS). E, se for constatada a denúncia, vamos fazer o que a lei manda, ou seja, autuar e punir os responsáveis e se for o caso embargar a empresa”, informou, deixando claro que sem os resultados dos exames ainda não há condições de afirmar quem são os verdadeiros responsáveis pela poluição do riacho.
“Não temos como dizer que foi a fábrica ou que não foi ela. Nosso papel depende do resultado do laudo”, declarou. Márcio Macedo elogiou a iniciativa dos agricultores e fazendeiros de denunciarem o caso. “O instrumento da denúncia é importante porque não somos onipresentes.
São atitudes que ajudam bastante nosso trabalho. Através disso montamos nossas estratégias de ação”, concluiu. O responsável pela fábrica de vinagres da Maratá, em Lagarto, conversou com a reportagem do JC por telefone, mas não quis ser identificado.
Ele nega as acusações e disse ainda que todo o resíduo produzido pela fábrica só é despejado no riacho Angola da Cachorra depois de tratado. “Temos licença ambiental para atuar na região e, além disso, a Adema faz uma fiscalização aqui toda semana”, afirmou, levantando a hipótese de o problema estar sendo gerado pela prefeitura do município, “que despeja o esgoto no riacho sem fazer tratamento”, acusou. A fábrica de vinagres da Maratá atua no Distrito Industrial de Lagarto há cerca de nove anos.
Vinhoto
O vinhoto, também conhecido como vinhaça ou restilo, é um resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a obtenção do etanol (álcool etílico), usado para a produção de vinagre. Para cada litro de álcool produzido, 12 litros de vinhoto são deixados como resíduo. Quando jogado no rio, constitui uma séria fonte de poluição.
Fonte: Jornal da Cidade