Desde a implantação de uma torre de telefonia, em 1996, no bairro Brasília em Simão Dias, vários problemas antes não comuns, começaram a aparecer. Uma comissão de moradores começou de forma independente a coletar dados sobre problemas de saúde surgidos na localidade e chegaram a números alarmantes. São quarenta e um óbitos por câncer entre crianças, jovens e adultos, cinco pessoas encontram-se em tratamento contra a mesma doença, e em 2008, oito mulheres tiveram que se submeter à esterilização. No ano da implantação, moradores e autoridades recorreram à justiça para evitar a sua concretização, não obtendo sucesso. De posse destes acontecimentos, os moradores voltaram a recorrer a justiça em 2007, mas até hoje o processo não foi julgado. A empresa proprietária da torre, já obteve oferta de outros espaços, por parte do poder público para transferência de local, mas argumenta que não há comprovação técnica das acusações feitas pelos moradores.De posse destes dados e provocado pela comissão, o deputado Professor Wanderlê, recebe nesta terça-feira, 20 de outubro, cerca de cinqüenta moradores da cidade de Simão Dias, que farão um grito de alerta para que providências sejam tomadas. Os moradores ocuparão as galerias da Casa e o deputado fará um pronunciamento durante o grande expediente da sessão, anunciando inclusive um projeto de lei que será protocolado e que tratará sobre a presença de torres de telefonia em perímetros urbanos.
