Situação de masmorra. Essa é a definição dada pelo promotor de Justiça, Ricardo Sobral às condições caóticas encontradas na delegacia do município de Simão Dias, situado a 100 km da capital sergipana. A partir de denúncias da sociedade e de advogados dos presos, além de visitas constantes à unidade policial da cidade, o promotor pôde constatar uma total falta de higiene, precárias condições físicas do prédio que abriga a delegacia e condições subumanas para os presos nas celas.Por essa razão, foi protocolado na manhã da quinta-feira, dia 19, um pedido de interdição da carceragem da delegacia do município. De acordo com o promotor, o documento, que está sob avaliação da juíza Angélica Leite, exige a imediata transferência dos custodiados para o Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto - Copemcan. Atualmente, existe uma média de 28 a 30 presos na delegacia, distribuídos em apenas três xadrezes, o que ocasiona condições insustentáveis para os detentos.
"Não queremos tratamento de hotel cinco estrelas, mas esperamos apenas as condições mínimas de higiene e salubridade para aquelas pessoas", explica Ricardo. O promotor relata que os detentos estão sem tomar banho de sol e chegam a fazer revezamento para poderem dormir nas celas. Problemas hidráulicos também ocasionam a falta de água, fazendo com que os presos fiquem de dois a três dias sem tomar banho.
Fonte: Correio de Sergipe
