Nos últimos sete anos, cinco pessoas conseguiram desviar do Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case) exatos R$ 1.001.522,11 em forma de medicamentos controlados, caros e que deveriam ter sido entregues à população carente do Estado. De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha era composta por Joseane Cerqueira e Romonique Pereira de Souza, funcionários do Case, Pedro Augusto Martins Brito, representante comercial de medicamentos, Antonio Cesar Quirino, porteiro do edifício onde reside o pai do representante comercial, e Ricardo Poderoso, ex-segurança do Case, o único que até a tarde de ontem ainda não havia sido preso.
As informações sobre a Operação Corruptos, nome dado à investigação, foram passadas na tarde de ontem durante entrevista coletiva pelos delegados Robério Santiago, responsável pelo Núcleo de Combate a Crimes contra a Administração, Marcelo Cardoso, diretor do Cope, e Gilberto Guimarães, superintendente da Polícia Civil. Robério Santiago, coordenador dos trabalhos investigativos, explicou que o prazo final para o último envolvido direto no crime se apresentar à polícia foi ontem, caso contrário será considerado foragido, já que contra ele também fora expedido pela Justiça um mandado de prisão.