Os hospitais estão repletos de motociclistas feridos - na grande maioria com idade entre 15 e 20 anos - e as estatísticas são preocupantes. Segundo o coordenador clínico do Serviço Estadual de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Clóvis França, acontecem por mês cerca de 250 acidentes envolvendo motociclistas sergipanos. Ele revela que, por dia, são cerca de oito acidentes na cidade. “O que nos deixa preocupados é a falta de senso dos pilotos e passageiros, pois desse alto índice, aproximadamente 130 pacientes estavam sem capacete na hora do acidente, o que multiplica o número de traumas encefálicos”, diz França. De acordo com Marciel Gomes, diretor do Departamento de Estatística da SMTT, no ano de 2007, 24 motoqueiros morreram. Em 2008, esse número subiu para 33. O que aparentemente seja definido com maior acessibilidade para uma camada da população, consequentemente representa sérios riscos para os que trabalham com a conscientização dessas pessoas. Preços cada vez mais acessíveis e as facilidades de financiamento são alguns dos principais fatores que promovem o aumento de venda de motos no mercado sergipano. Em Aracaju, é visível a quantidade de motocicletas que circulam diariamente nas vias públicas. Conforme dados da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Smtt) atualmente circulam na capital sergipana, 30 mil motocicletas e a estimativa do órgão municipal é que essa frota duplique em aproximadamente quatro anos.