
De acordo com o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), delegado Everton Santos, o acusado só confessou o crime após ser reconhecido por duas testemunhas que estavam no camarote. Em depoimento, Jerivaldo disse que não queria matar Luiz Flávio e que não teve a intenção de atingir o peito da vítima, apenas o braço. Ele disse, ainda, que não estava armado, mas confessou que havia consumido muito álcool e outras drogas e que não matou a vítima com uma faca, e sim com uma garrafa de vodca.
Para a polícia, não há dúvida da materialidade do homicídio, porém os motivos do crime ainda precisam ser esclarecidos. “Jerivaldo afirmou que é integrante da Torcida Esquadrão Colorado do Clube Esportivo Sergipe e que a vítima fazia parte da Trovão Azul do Confiança. No momento, em que se encontraram na avenida, Jerivaldo disse que Luiz Flávio estava acompanhado de cinco amigos e que ele teria tentado roubar sua corrente de prata e nesse momento começou uma grande confusão”, explicou o delegado Everton.
No entanto, familiares de Luiz Flávio contestam o depoimento do acusado e disse que a vítima nunca se envolveu com torcida organizada e que jamais tentaria roubar alguém. O delegado afirmou que a contribuição da sociedade foi fundamental para elucidar o crime. Ele diz que no mesmo dia do crime já sabia o apelido do autor e onde ele estaria escondido. Kio foi preso na casa de um amigo na travessa Geruzinho, no bairro Getúlio Vargas.
Com a prisão do principal suspeito, a polícia descobriu outras evidências incontestáveis. “Ele estava com dois cortes na mão provocados pelos cacos de vidros da garrafa de vodca e ainda estava usando o mesmo short azul utilizado no momento do crime. A vestimenta estava com manchas de sangue”. Jerivaldo continuará preso no DHPP aguardando a finalização do inquérito e uma decisão da Justiça.
Fonte: SSP