Ao se aproximar da casa do agricultor Paulo Batista Conceição, em Simão Dias, distante 100 quilômetros de Aracaju, ninguém imagina que haja tanta história guardada por detrás daquele muro. O barulho da cana sendo esmagada se mistura ao som das buzinas de automóveis que circulam nas ruas movimentadas do município. É o Engenho do Duda em plena atividade, ajudando a manter uma tradição nordestina.
O engenho existe há mais de 100 anos e ainda trabalha de forma artesanal, semelhante a que era feita no século XVI. Apenas com uma diferença, a mão de obra não é escrava, seus “empregados” são parentes e amigos da região. Paulo Batista conta que a atividade começou com o seu avô João Batista que era descendente de portugueses e mudou-se para a região de Simão Dias, em Sergipe, onde implantou um engenho e começou a plantar cana-de-açucar. A tradição começou na família, e o seu pai continuou a tocar o negócio com bastante orgulho e dedicação, sendo batizado como Engenho do Duda.
Paulo ainda relembra que nas décadas de 40 e 50, do século passado, só o município de Simão Dias teve mais de 50 engenhos funcionando a todo vapor. O declínio começou no final da década de 60. Em 85, o Engenho do Duda parou. Três anos depois, seu pai faleceu. E só 20 anos mais tarde, Paulo teve a ideia de retomar o velho empreendimento da família. Em 2005 ele concretizou o seu projeto.
Inovação
Ideais
O Engenho do Duda voltou a funcionar, porém além da tradicional produção de rapadura, Paulo resolveu trazer uma novidade para o mercado e criou a ‘rapa-dudinha’. “Nós passamos a produzir rapadura em pequenos quadrinhos (tabletes) de 9/9 milímetros a quatro centímetros. Ela é miniatura, moderna, higiênica, selada e com tampa de segurança, embalada em potes plásticos transparentes de 92 a 190 gramas”, detalha o pequeno empresário do campo.
“É uma inovação no mercado de doce de rapadura. Eliminou o problema da mela e a falta de higiene de uma vez por todas, propiciando a colocação do produto nas grandes redes de mercados, mercearias, lojas de conveniência e de doces. Também apresenta uma textura macia
e oferece comodidade e facilidade ao consumidor”, complementa.
A ‘rapa-dudinha’ é fabricada através da “máquina de prensa e desenforma quadrinhos”, criada pelo dono do engenho. Paulo revela que quando resolveu retomar as atividades, construiu o instrumento para fazer o diferencial. “A ideia surgiu da necessidade de mudanças para conseguir se firmar novamente. Agora só fazemos a rapadura grande sob encomenda”, diz.
Hoje, cinco anos mais tarde, Paulo comemora a produção. “A nossa rapadurinha teve uma aceitação rápida. O volume de produção é conforme o pedido. Moemos de sete a dez toneladas de cana por dia, que dá 120 quilos de rapadura diariamente e 700 quilos por semana. Estamos atendendo o mercado sergipano, além de outros estados no Nordeste e Sudeste”.
e oferece comodidade e facilidade ao consumidor”, complementa.
A ‘rapa-dudinha’ é fabricada através da “máquina de prensa e desenforma quadrinhos”, criada pelo dono do engenho. Paulo revela que quando resolveu retomar as atividades, construiu o instrumento para fazer o diferencial. “A ideia surgiu da necessidade de mudanças para conseguir se firmar novamente. Agora só fazemos a rapadura grande sob encomenda”, diz.
Hoje, cinco anos mais tarde, Paulo comemora a produção. “A nossa rapadurinha teve uma aceitação rápida. O volume de produção é conforme o pedido. Moemos de sete a dez toneladas de cana por dia, que dá 120 quilos de rapadura diariamente e 700 quilos por semana. Estamos atendendo o mercado sergipano, além de outros estados no Nordeste e Sudeste”.
Ideais
O proprietário revela que vem tentando o apoio do Sebrae, para aumentar ainda mais a demanda. “Estou buscando o melhor caminho para crescer. Quero a minha rapadura em pequenos e grandes mercados do Estado. Além disso, também produzimos o melaço”, afirma.
O próximo passo de Paulo é fabricar a cachaça no Engenho do Duda. “O ideal não é produzir em grande porte e também o álcool não seria para agora de imediato, porque precisaria de uma pequena destilaria e necessito de mais espaço. O objetivo mesmo é colocar a nossa rapadura no mercado informal e na rede municipal de escola, como merenda escolar”, vislumbra.
Os sergipanos torcem para que os sonhos de Paulo sejam concretizados, para que assim permaneça no Estado a tradição secular mantida pelo engenho. “Até meados do século XX os engenhos eram a principal indústria sucro-alcooleira, esteio da economia do Brasil. Com a evolução da agroindústria e o aparecimento das usinas de açúcar e de álcool, eles ficaram obsoletos, foram sendo desativados gradativamente”, explica o historiador Marcelo Lemos.
Com certeza ali será um registro vivo de inúmeras histórias seculares”, acredita Marcelo. O telefone para contato de Paulo Batista é (79) 9977-9919.
Fonte: Jornal da Cidade
O próximo passo de Paulo é fabricar a cachaça no Engenho do Duda. “O ideal não é produzir em grande porte e também o álcool não seria para agora de imediato, porque precisaria de uma pequena destilaria e necessito de mais espaço. O objetivo mesmo é colocar a nossa rapadura no mercado informal e na rede municipal de escola, como merenda escolar”, vislumbra.
Os sergipanos torcem para que os sonhos de Paulo sejam concretizados, para que assim permaneça no Estado a tradição secular mantida pelo engenho. “Até meados do século XX os engenhos eram a principal indústria sucro-alcooleira, esteio da economia do Brasil. Com a evolução da agroindústria e o aparecimento das usinas de açúcar e de álcool, eles ficaram obsoletos, foram sendo desativados gradativamente”, explica o historiador Marcelo Lemos.
“Aqui no nosso Estado praticamente todos os engenhos se acabaram. É uma dádiva e uma
notícia muito boa saber que um ainda resiste a tanta tecnologia. Espero que ele siga em frente.
notícia muito boa saber que um ainda resiste a tanta tecnologia. Espero que ele siga em frente.
Com certeza ali será um registro vivo de inúmeras histórias seculares”, acredita Marcelo. O telefone para contato de Paulo Batista é (79) 9977-9919.
Fonte: Jornal da Cidade